patavinas

Às vezes é difícil decidir o que dói mais, escrever ou engolir as palavras. Deixar que elas entrem em contato com tudo que está dentro da gente, deixar que elas se percam num estômago faminto, num coração acelerado ou num fígado mal-humorado.

Saturday, October 15, 2011

Só com o umbigo na cintura

Agora só ando pelada
Nunca mais vou me vestir
Agora não vou beber nada
E ainda vou morrer de rir
Agora só ando pelada
Sem você e por aí
Agora que não tenho culpa
Nem ninguém pra me impedir
Dane-se o que vão falar
Dane-se o que vão dizer
Mas principalmente
Dane-se, dane-se você
Agora só ando pelada
Todo dia, toda nua
Agora só ando pelada
Só com o umbigo na cintura.
Agora só ando pelada
Todo dia, toda nua
Agora só ando pelada
Só com o umbigo na cintura.

Agora só ando pelada
Vai dizer que nunca viu?
Só com a pele e mais nada
E só vou ouvir fiu-fiu
Agora só ando pelada
Que nem índia sem pintura
Sem cacique nem pajé
Só com o umbigo na cintura
Agora só ando pelada
Todo dia, toda nua
Agora só ando pelada
Só com o umbigo na cintura.
Agora só ando pelada
Todo dia, toda nua
Agora só ando pelada
Só com o umbigo na cintura.